Nossa querida amiga Maria Tereza, de longas caminhadas , que nos deu o prazer de te-la novamente junto ao grupo na caminhada de Joaquim Egídio no domingo passado, atendeu aos apelos (que sempre faço e proponho a todos) de nos mandar um belíssimo texto sobre Peregrino. O foco do texto fica com a terceira frase...
Nunca, quizás.
Admirable peregrino,
Todos siguen tu camino.”
Quando você ler "Cristo", pense que ele é tomado como modelo de conduta, de pensamento e sentimento.Aí vão...
“Peregrino, peregrino
Que no sabes el camino:
Donde vas?
Soy peregrino de hoy,
No me importa dónde voy;
Mañana?
Nunca, quizás.
Admirable peregrino,
Todos siguen tu camino.”
Manoel Machado [1]
“Fazer grandes obras ou grandes feitos compunha o ideário da sociedade medieval como um todo, incluindo a Igreja, pois era tido e sabido que a realidade não era apenas a da terra. Havia que esforçar-se por viver na prática, e no concreto, o caminho para a salvação, que é o encontro do esforço pessoal com a graça de Deus. E a vida de Jesus, em cada episódio e em cada ensinamento, vai oferecer o modelo que cada homem, cada mulher deve imitar, para alcançar salvação no momento do Juízo Final. (...) Havia que buscar salvação a partir do próprio esforço, e também esforçar-se para ajudar as almas que, porventura, ainda estivessem no Purgatório. (...) Era nesse universo de idéias que os cavaleiros viviam. A eles cabia alcançar um estado de vida tal, que lhes permitisse a salvação. Para conquistar o Paraíso não se poupava nada.”[2]
“Desde então [quando sai de sua terra natal], Inácio se considera um peregrino e assim quer que seja considerado e considera todo homem, em particular cada jesuíta. O peregrino é um homem a caminho, um ser histórico que não se acomoda jamais e que segue o caminho de Cristo. Ele vai aonde o levam os seus pensamentos e as suas moções. É um homem em contínuo estado de discernimento e de procura da vontade de Deus, daquele Deus que o leva, atrai e move, através dos caminhos da história e do mundo.”[3]
[1] Manoel Machado, 1874-1947, poeta espanhol de Sevilla, irmão de um outro poeta que alcançou prestígio internacional, Antonio Machado, autor de versos sempre cantados: “Caminante, no hay camino. Se hace camino al andar”.
[2] Trecho já mencionado neste mesmo capítulo, seção 1.1.2. A “mística” do cavaleiro, virtudes, investidura.
[3] COSTA, Maurizio, in: LOYOLA, Inácio de. Autobiografia de Santo Inácio (até Manresa). Extraído dos comentários ao segundo capítulo, nota 7, p.47.
Espero que tenham gostado eu sou suspeita pois sou alem de devota de Inácio uma eterna peregrina e adepta ao EE de Inácio (exercícios espirutais de Santo Inácio).
Beijos meus,
bom fim de semana,
repleto de luz, paz, amor, fé e esperança!
Rosane!
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